26 out 2021 AS CRIANÇAS NÃO SOFREM DE DEPRESSÃO?
Hoje o assunto que vamos abordar não é agradável, mas precisa ser comentado. Um dos grandes MITOS que existem na pediatria é o de que crianças não sofrem de depressão. Ao contrário do que muitos pensam, nossos pequenos também podem sofrer desse mal.
O que sempre pareceu uma patologia exclusiva dos adultos, hoje em dia afeta cerca de 2% das crianças e 5% dos adolescentes do mundo. Há muita controvérsia a respeito da depressão na infância, principalmente quanto aos critérios de diagnóstico. Alguns autores afirmam que a depressão na criança assume características diferentes da depressão no adulto, enquanto outros concordam que a depressão na infância se manifesta de forma bastante semelhante.
De toda forma, o diagnóstico deve ser feito com cautela e atenção, já que muitas vezes os sintomas podem ser confundidos com malcriação, pirraça, mau humor, tristeza passageira e agressividade. É importante estar atento, no entanto, na intensidade, persistência e nas mudanças em hábitos normais das atividades da criança.
É comum que depressão se manifeste a partir de alguma situação traumática, como: separação dos pais, mudanças de rotina, como uma nova escola, e a morte de alguma pessoa querida ou animal de estimação.
Ao primeiro sinal de depressão, os pais devem acolher a criança e encaminhá-la a um profissional o mais rápido possível. Alguns sintomas que podem acometer os pequenos são:
Dificuldade de concentração, memória ou raciocínio;
Angústia;
Pessimismo;
Agressividade;
Falta de apetite;
Falta de prazer em executar atividades;
Insônia ou sono excessivo;
Baixa auto-estima e sentimento de inferioridade;
Sensação freqüente de cansaço ou perda de energia;
Sentimentos de culpa;
Dificuldade de se afastar da mãe.
Na maioria dos casos, o apoio da família e a psicoterapia são suficientes. Somente a partir dos 6 anos de idade, em alguns casos, será necessário intervenção medicamentosa. É importante ressaltar, também, que a depressão infantil pode desencadear outras doenças, como a anorexia e a bulimia, por exemplo. Portanto, papais e mamães, vamos prestar muita atenção nos nossos pequenos e tratá-los com muito amor e compreensão.