20 ago 2020 Febre não é doença, mas sinal de alerta.
A febre é uma das principais causas de procura pelos pediatras e emergências. Por isso, é fundamental que os pais tenham conhecimento sobre as informações do post de hoje, inclusive para evitar o uso desnecessário de antitérmicos.
- O que é febre?
É uma resposta do organismo à alguma infecção ou inflamação. É a nossa defesa (sistema imunológico) trabalhando para combater o que está fazendo mal. Por isso dizemos que a febre não é a doença em si, mas um mecanismo fisiológico do nosso corpo que tem efeitos benéficos em lutar contra a infecção. - Qual temperatura é considerada febre?
Acima de 37,8º podemos considerar como febre, o que não quer dizer que temos que medicar. O ponto fundamental quando falamos em temperatura é não focarmos nos números como se fosse uma ciência exata. - Como assim, não focar em números?
A avaliação deve ser da medição da temperatura mais o estado geral da criança. Por exemplo, se a criança chegar a 38,5º, mas estiver brincando e animada, não medique. Experimente tirar um pouco de roupa dele e hidrate-o. Meça de novo a temperatura cerca de uma hora depois. A maioria dos casos assim retratados resolvemos dessa forma. Mas se a criança estiver com 37,8º e estiver desanimada, caidinha, é outro cenário.
Lembrem-se: o uso de antitérmicos em crianças deve ocorrer quando a febre estiver associada a desconforto evidente (como choro intenso, irritabilidade, redução do apetite e falta de sono) e não baseado em um número predeterminado. Os antitérmicos estão entre os fármacos mais utilizados em crianças febris e são comumente causa de intoxicações, em geral por erro na administração de dose ou por interação medicamentosa.
Se está em dúvida, sempre é melhor conversar com o pediatra. Marque sua consulta pelo (51) 3377.7881.