07 fev 2019 Gravidez na adolescência – mais um importante passo dado
Questões partidárias totalmente deixadas de lado, é preciso ressaltar a importância da lei federal recentemente sancionada que cria a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência.
Claro que isso é uma gota no oceano dentro de tudo que ainda precisa ser feito para efetivamente reduzirmos os números alarmante de gravidezes entre os jovens, mas a iniciativa corrobora com as principais estratégias para tratarmos desse problema no Brasil, disseminando informações de teor educativo e como ter alcance aos métodos preventivos.
De acordo com os dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivo (Sinasc) do Ministério da Saúde, o percentual de gravidez na adolescência (mães entre 10 e 19 anos) teve uma queda entre 2010 e 2015, mas ainda segue alto, representando cerca de 18% do total de nascidos vivos no Brasil. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o mesmo período acima, mostra que a cada mil brasileiras entre 15 e 19 anos, 68,4 ficaram grávidas e tiveram seus bebês.
Além do aspecto social envolvido – evasão escolar, preconceito, desestabilização emocional, abandono, mudança de prioridades, falta de perspectivas entre tantos outros -, a gravidez na adolescência também está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial e crises convulsivas (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) são alguns dos problemas de saúde que podem acometer a jovem grávida. Quanto ao bebê, prematuridade e o baixo peso ao nascer. Segundo o DC de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil decorre do óbito precoce dessa faixa.
Com isso, reforçamos não só para a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, mas sempre, que nossos jovens precisam ter acesso a informação sobre educação sexual e principalmente acesso a métodos contraceptivos se quisermos ter uma sociedade mais evoluída e que preserve adolescentes e crianças.