Do leite materno para a comidinha...como fazer essa transição? - Clínica Mon Petit
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Do leite materno para a comidinha…como fazer essa transição?

Do leite materno para a comidinha…como fazer essa transição?

É sabida a importância do aleitamento materno para os bebês pelo menos até os 6 meses de vida. Essa é uma indicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) porque o leite da mãe é a fonte ideal do ponto de vista nutricional, emocional e de estímulo motor, sendo completo para o desenvolvimento, hidratação e fortalecimento do sistema imunológico do recém-nascido. Por isso, as dúvidas sobre a alimentação começam a ocorrer após o desmame, pois existem muitas vertentes sobre a introdução alimentar e fica difícil saber qual seguir.

Antes de tudo, essa transição do leite materno para a comida sólida deve ser sempre iniciada com a supervisão do pediatra, que precisa dar todo o respaldo necessário para que ela ocorra de forma leve e prazerosa, como deve ser.

Sobre os tipos de introdução alimentar existentes, de forma sucinta, os mais comuns são o Tradicional – alimentos amassados e oferecidos com colher -, BLW – sigla em inglês que significa desmame guiado pelo bebê, quando o ele tem autonomia para comer alimentos in natura sem interferência dos pais – e a Participativa – quando o bebê come pelo método BLW, mas com os pais participando.

Independentemente do método escolhido junto ao pediatra, algumas recomendações são essenciais a qualquer método e todas as mamães e papais devem observá-las:
 Incentive a criança a fazer as refeições nos mesmos horários que a família para prevalecer o “comer junto” e não o “fazer comer”;
 Estimule hábitos alimentares saudáveis que durarão para toda a vida;
 Seja paciente para o momento da comida ser sempre prazeroso, nunca punitivo;
 A importância de identificar e respeitar os sinais de fome e saciedade;
 O toque do alimento sempre será uma experiência importante para a criança;
 Incentive seu filho para que seja ativo e interativo durante as refeições e que tenha sua atenção voltada totalmente para o momento;
 Ofereça variedade de alimentos, evitando a monotonia.
E, acima de tudo, pense na relação da criança com a comida, respeitando seu ritmo, sua individualidade.

Alguns bebês demoram dias para começar a comer, outros demoram meses, então é melhor nos focarmos em nossos filhos. Se fizermos a introdução alimentar pensando nisso, oferecendo produtos de qualidade, saudáveis e de forma segura, certamente estamos no caminho certo.
Confira os dez passos para uma alimentação saudável para crianças menores de 2 anos:
Passo 1 – Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos.
Passo 2 – A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo-se o leite materno até os 2 anos de idade ou mais.
Passo 3 – Após os 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada.
Passo 4 – A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.
Passo 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.
Passo 6 – Oferecer à criança diferentes alimentos todos os dias. Uma alimentação variada é, também, uma alimentação colorida.
Passo 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.
Passo 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
Passo 9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir armazenamento e conservação adequados.
Passo 10 – Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo a alimentação habitual e seus alimentos preferidos e respeitando sua aceitação.
Fonte: Ministério da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde (MS/OPAS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)