Pais e bebês prematuros em UTI neonatal em tempos de Covid-19 - Clínica Mon Petit
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Pais e bebês prematuros em UTI neonatal em tempos de Covid-19

Pais e bebês prematuros em UTI neonatal em tempos de Covid-19

Normalmente, a duração da gestação humana varia entre 37 e 42 semanas. No Brasil, porém, todos os anos, mais de 300 mil bebês nascem antes desse tempo, necessitando dos cuidados que a UTI neonatal proporciona.

Apesar do medo que esse assunto causa nos pais, com cuidados médicos e muito carinho, cada vez mais crianças nascidas antes do tempo conseguem ter um desenvolvimento normal e saudável. Entretanto, sentimentos que misturam medo, ansiedade e culpa são comuns durante o período de internação do bebê, e as questões psicológicas de mães e pais de prematuros ficam ainda maiores com a pandemia da COVID-19 e regras mais rígidas de visitação à UTI neonatal.

Mesmo com o distanciamento social, é importante garantirmos o vínculo e o melhor desfecho possível para o bebê e para a família. Esses pequenos são mais vulneráveis, e podem ficar com sequelas físicas, motoras e cognitivas. Precisamos adequar o combate ao coronavírus a essa realidade, ressaltando a importância do acompanhamento da gravidez, da manutenção de consultas dos bebês, de manter a vacinação das crianças em dia e da extrema importância da presença dos pais ao lado do prematuro sempre que possível. O afastamento, sobretudo da mãe, é exatamente o oposto à principal premissa do Método Canguru, que consiste basicamente em colocar o bebê prematuro em contato pele a pele com sua mãe ou pai para fins de tratamento e recuperação. O Método já é consagrado pela medicina moderna e viabiliza uma série de benefícios, entre eles o estímulo ao aleitamento materno, melhor desenvolvimento neurocomportamental e psicoafetivo do bebê, além de redução do estresse e da dor no recém-nascido prematuro ou de baixo peso.

Há, inclusive, um movimento mundial chamado “Separação Zero”, voltado a promover a aproximação dos pais com os bebês prematuros nas UTIs. É certo que precisamos zelar pela segurança de todos: dos bebês, das famílias e das equipes, mas a presença materna, principalmente, faz parte do processo de cura do prematuro e só deve ser restringida em casos extremos.

Esperamos ter deixado este assunto um pouco mais claro, pois é a realidade de milhares de pessoas. E se precisarem, contem com nossa equipe de pediatras.